sexta-feira, 2 de abril de 2010

REZA NA CÂMARA LEGISLATIVA DO DF


QUEM DEVEMOS ENTERRAR?

Nossos políticos têm tripudiado do nosso voto, matam a Democracia conquistada com tanto cuidado nos tumultuados anos oitenta. O que vem acontecendo em Brasília, se não é pesadelo, certamente é um ataque a Democracia. Nunca mais veremos a câmara legislativa do DF da mesma forma, e nosso voto tornou-se ascessório desconfortável da nossa cidadania. Ver políticos eminentes colocados em inquéritos policiais por mau uso do dinheiro público parecia comum neste chapadões, mas vê-los pondo nas meias e cuecas, meu Deus! Parece, de fato o fim. Não, não é possível votar corajosamente agora. Ao menos um fio de medo ou constrangimento passará por nossas cabeças quando estivermos na fila da Justiça Eleitoral prontos para votarmos nas mesmas pessoas que nos roubaram, por pura falta de escolha. Sim, estaremos de cabeça baixa, forçados ao ato símbolo da Democracia. Isso, porque nós, os cidadãos, temos vergonha na cara! E sabemos que por dever moral e de cidadania devemos escolher alguém. Mas que sirva de lição tudo que está acontecendo, na verdade, em uma verdadeira democracia não se deve obrigar o eleitor a escolher seus representantes. Chegou a hora de o voto ser livre. Ora, se não temos opções, como podem nos obrigar ao voto inconsequente e ordinário. Se não temos candidatos a escolher, se não podemos virar a mesa, se ficou claro que o povo não detém o poder, meu Deus, então que seja livre, que o voto seja expressão de liberdade e renovação, e assim, somente aqueles mais preparados e conscientes de suas escolhas comparecerão para votar. Para podermos rir, acreditando sempre na justiça, sepultemos os maus políticos, mas jamais a tão suada Democracia.


Este quadro representa a nossa cultura popular, tão rica e forte, viva sem o apoio do Poder Público.