Numa sala pública
Um ventilado macabro,
Estridente, se desalinha,
Quando todos vão para
O almoço.
Vejo os mortos do meu rosto,
Vejo a vida em minha narina
Gritando da moça,
Que bela definha
Dentro do coração poeta,
Suas lágrimas
Também são minhas.
No hospital não tem dias bons,
Com olhos fechados,
Vê-se claro o outro lado,
Onde demônios
Rasgam carne em cirurgias.
Um grito tão pequenininho
Dentro do ouvido
Confessa o que não queria saber:
Suas lágrimas também são minhas.
Mesmo depois de morrer,
Suas lágrimas também
São minhas.
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