Quase tudo são rosas
Na vida
Que não foi vivida.
Um furacão pode
Destelhar o cérebro.
Não importa a dor
Se é apenas vento.
O ventilador da vida alheia
Espalha por aí
Uma frescura esquisita.
Alguma coisa desceu
Do céu
E está andando comigo
Para todos os lugares.
Qual é a importância
Que tenho nesses dias?
Um anjo bêbado e feliz
Contando histórias.
Boas histórias
De outro lugar.
Um padre
Sem batina ou roupas
Me puxa para jogar sinuca.
A vida é cheia dessas coisas.
Somos personagens
De uma história
Que nunca acaba bem.
Na casa
Tem uma porção de orquídeas
Falando da reforma ortográfica.
O cheiro não é bom
Mas o papo
É bem intelectual.
Ceilândia 2009
Nenhum comentário:
Postar um comentário